domingo, 4 de julho de 2010

Enigma

3° Capítulo.
Visita.

Acordei na manhã seguinte , reparei que estava coberta e com a roupa de dormir, não me lembro como troquei de roupa, creio que minha avó deve ter me trocado enquanto eu dormia, levantei e fui ver o que eles estavam fazendo, escutei uma voz diferente, uma não umas vozes diferentes, parei na porta pra tentar identificar a quem pertenciam essas vozes mas realmente não sabia de quem eram , foi ai que escutei a voz do meu pai
- O que eu estou tentando entender é como isso não a protegeu. Do que ele estava falando? Continuei a ouvir pra ver se entendia algo.
- Nós também não entendemos e é por isso que estamos aqui, pra tentar descobrir o que aconteceu de errado. Um dos homens falou, eles estavam todos no escritório da minha avó, só dava pra escutar pelo fato da porta estar um pouco aberta, mas eu ainda não entendia a conversa, o que era ‘isso’ que deveria proteger? A quem eles estavam tentando proteger? E o que deu de tão errado para esses homens virem ate aqui? Continuei a ouvir, pois esse assunto estava me intrigando.
- O que nós sabemos é que, o que quer que tenha a atacado é mais forte do que o protetor dela, o que seria quase impossível de existir e eu tenho quase certeza de que o que a atacou não queria ela, porque se ele pode passar pelo protetor dela ele poderia muito bem ter a machucado dando um dano mais grave ou ate matá-la, o que ele fez foi como um tipo de aviso, ou até mesmo só para da um susto e dizer que ele está por perto e é mais forte do que agente. Der repente meu coração começou a acelerar, eu estava em estado de choque na porta, vi a porta se abrindo então entrei as pressas pro quarto, sentei na cama e tentei respirar fundo ate me acalmar tentei engolir mais eu não tinha saliva então esse desespero desceu a seco pela garganta até parar no meio dela, levantei e fui ate a porta e a abri devagarzinho, fiquei olhando pela fresta da porta, não demorou muito até escutar uns passos subindo a escada então fui depressa deitar na cama. Deram dois toques antes de abrir a porta
- Ah! Você esta deitada. Lauren deu um sorriso tímido.
- Acabei de acordar e já ia me levantar, estão todos acordados? Perguntei fingindo que não sabia, ela não percebeu que eu já sabia.
- Sim e temos visita, amigos de sua avó, seu pai pediu para eu te acordar e pedir pra você se arrumar e descer para tomar o café conosco.
- Tudo bem, vou me arrumar e logo estarei descendo. Disse levantando-me da cama. Ela fechou a porta e desceu, suspirei de alívio. Tomei um banho, me arrumei e desci. Fui direto para a cozinha.
- Bom dia avó. Disse sorrindo.
- Bom dia Nanda. Ela disse retribuindo o sorriso. Estão todos na sala de jantar, o café esta na mesa.
- Nossa já estou imaginando um banquete. Disse rindo, Ela riu.
- Não tem nada demais lá, eu sou coloquei na mesa de jantar porque temos visitas. Eu sorri pra ela.
Fui caminhando em direção a sala de jantar. Estavam todos sentados só esperando eu e minha avó, que estava logo atrás de mim, sorri e dei bom dia a todos. Sentei ao lado de Lauren e da minha avó.
- Agora todos podem comer. Minha avó disse sorrindo.
- Que banquete em rainha. Disse baixo para minha avó que prendeu um riso eu sorri pra ela.
- Ah, essa é minha filha Phernada. Disse meu pai olhando para os homens, eles olharam pra mim sorrindo. - Filha esses são amigos de sua avó e que agora são meus também. Eles sorriram. - Esse é o Victor , Theodor e Eros.
Victor era o homem bem claro quase da cor da neve, parecia ser o mais velho, o cabelo com um tom de loiro natural, com os olhos cor de mel e carrega uma simpatia em seu olhar.
Theodor era o moreno, cabelos negros e olhos azuis, o sorriso mais simpático e encantador pertencia a ele, um sorriso de deixar qualquer mulher suspirando e os homens com inveja.
Eros tinha uma pele bronzeada mais perfeita que eu já vi, tinha o cabelo castanho e olhos verdes com o toque leve de mel, um sorriso tímido e que mesmo assim muito lindo, dava para perceber que ele era o mais novo.
Ambos eram altos e fortes, se não fosse por essas características diria que eram irmãos.
Terminamos o café e ajudei a minha avó e Lauren a retirar a mesa, enquanto eles iam pra sala, mas Victor disse algo para Theodor que o fez olhar pra mim , fingi que não tinha notado e continuei ajudando elas. Assim que terminei fui direto para o quarto, liguei a pequena TV que tinha para ver se estava dando algo de agradável para me distrair, passei e repassei todos os canais mais não havia nada de interessante que prendesse a minha atenção. Então resolvi ver o que eles estavam fazendo, abri a porta devagarzinho e fiquei observando pela fresta par tentar ouvir algo.
- Acho que ela pode ser um dos interesses dele. Disse um dos homens, parecia ser a voz de Victor.
- O ruim é que não sabemos por que e pra que ela seria de interesse dele. Acho que essa voz pertencia a Theodor.
- Mas ela não tem nada a ver com essa história toda, porque ele teria interesse nela? Meu pai perguntou.
- Não sabemos, temos uma idéia, mas não temos certeza de nada, por isso vamos ficar aqui por mais um tempo, até as coisas se esclareceram. Disse Victor.
- Algo me diz que vamos nos surpreender muito e que devemos estar preparado para o que à por vir, temos que ficar atentos a tudo agora. Minha avó disse.
Seja o que for que estiver por perto eu sei que é perigoso e que esta atrás de alguém, que ate agora eu não sei quem seja, as coisas estão começando a ficar bem tensas por aqui.

sábado, 21 de novembro de 2009

Enigma

2°Capítulo

Foi só eu abrir os olhos pra sentir o sol me tocar, o dia parecia estar lindo lá fora, levantei da cama e abri a cortina, o dia estava realmente lindo, o céu sem nuvem alguma e o sol com toda a sua força bem em cima de mim então eu abri a porta da varanda, ergui minha cabeça para encarar o sol com os olhos fechados e abri os braços deixando ele me aquecer, sorri num impulso, é engraçado como momentos simples com esse te fazem sorrir. Inspirei ar puro e me senti aliviada, como se todos os problemas que eu estava carregando tivessem sido jogados ao vento e ido embora.
Escutei um barulho do lado de dentro do meu quarto, abri os olhos e olhei para a porta, era o meu pai...
- A quanto tempo está me olhando? Meu pai estava perto da parede ao lado da porta.
- Tempo suficiente para ver você sorrir, desculpe se te incomodei. Ele disse sorrindo.
- Não precisa se desculpar, você não está me incomodando pai! Sorri para ele de volta
Meu pai não era muito de sorrir então sempre que ele sorria, eu retribuo duas vezes mais...
- Vamos descer mocinha? Hoje você dormiu como uma pedra, eu e Lauren já tomamos nosso café. Ele disse em quanto descíamos...
- humm... São que horas? Perguntei com a imagem do sol em minha cabeça devia ser meio-dia...
- São exatamente 12h15min, dorminhoca! Fomos para a cozinha, Lauren estava nos
esperando preparando o almoço que por sinal estava com um cheiro muito agradável, pelo visto eu não iria tomar café da manhã, não hoje.
- Bom dia Lauren, o cheiro está muito agradável... Sorri para ela e ela sorriu de volta com orgulho. Demorou um pouco para eu me acostumar com ela, depois da morte da minha mãe eu estava muito deprimida e não queria dividir meu pai com ninguém, e muito menos com outra mulher, demorou para eu perceber que ela o fazia feliz e agora nos damos super bem, mais de vez em quando temos algumas desavenças, coisas de uma família normal.
- Bom dia Phe! Phe era apelido de Phernanda, meu nome. Dormiu bem?
- Bem?Sim... Ela olhou para mim com um "ponto de interrogação na testa", não entendo porque eu tinha essa dúvida. Sentei na cadeira e fiquei brincando com o saleiro que estava na mesa, lembrando na noite anterior... Notei que ela continuava me olhando, eu pensei em distrai ela conversando com o meu pai, mais foi nesse momento que eu notei que ele não estava mais na cozinha, droga!Eu tinha que encontrar algum assunto antes que ela resolvesse fazer perguntas... Mas o que?.Ela já ia fazer uma pergunta, mais eu fui mais rápida e,
- O dia está lindo hoje, o céu está tão limpo! Que assunto super interessante, 'ela nem notou que eu estava tentando disfarçar'(ironizei), mais o que na verdade eu estava querendo disfarçar?Não tinha nenhum motivo para isso.
- É... Dia está realmente muito lindo...! Deu para notar que ela não sabia o que dizer, ela não tinha entendido o 'por que' desse assunto... Nossa realmente eu não me entendo, responder as perguntas que eu mesmo me faço é como desvendar um enigma!
O telefone tocou e meu pai foi atender, paramos para prestar atenção. Ele ficou em silêncio, deixando nós duas bastante preocupadas, olhamos uma para outra e então fomos para a sala, meu ainda estava no telefone, paramos perto dele e ficamos olhando esperando ele terminar para nos contar quem era e o que essa pessoa queria tanto que não parava de falar. Ele desligou e olhou para nos duas, foi quando eu senti um aperto no coração, um pressentimento como jamais senti antes, eu sabia o que tinha acontecido
- O que aconteceu com ela?Ela está bem? Fala pai.
- Fique calma, sua avó está bem, foi só a pressão dela, não precisa se preocupar! Ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça. Escutei alguém soltar um suspiro, era Lauren.
Algo me dizia que eu deveria ir para a fazenda ficar com a minha avó, era tão forte que meu coração chegou a doer, der repente escorre uma lágrima dos meus olhos, notei que estava sem piscar desde o momento que eu tive o pressentimento, sequei a lágrima e fui para o meu quarto, fiquei sentada na cama olhando para o nada, várias coisas passavam pela minha cabeça, cenas da minha avó comigo quando eu era criança, momentos lindos e depois veio a imagem da minha avó com a minha mãe e junto com essa imagem um sentimento de perda, eu não entendi se era por causa da minha mãe ou pelas duas, levantei o mais rápido possível e comecei arrumar a mala, abri o meu guarda roupa e coloquei todas as roupas que via na frente deixando cair bastante coisas no chão
- O que está acontecendo aqui?Porque você está arrumando a mala? - meu pai perguntou ao entrar no quarto.
- Murilo,precisamos ver minha avó o mais rápido possível, sinto que ela precisa de mim! Disse enquanto continuava arrumando a mala, sem olhar para ele.
- E você vai de que e com quem? Ele disse com os braços cruzados esperando uma resposta. Parei e fiquei olhando pra ele tentando achar uma resposta.
- bem, com você?!... Com o que eu vou, eu ainda estou pensando, se eu não tiver alternativa irei de carro mesmo! Disse voltando a arrumar a mala.
- E você sabe dirigir? Ele disse ao sentar na cama de frente pra mim.
- Eu já disse, eu vou com você!
- E você sabe se eu vou? Porque pra você ir comigo eu tenho que ir, certo?!
- Mas como eu sei que você vai, eu já estou adiantando as coisas...
- Você é esperta... Vamos sair daqui à uma hora! Ele levantou e foi para o quarto dele.
Continuei arrumando minha mala, dessa vez com mais calma, tirei algumas coisas para substituir por outras, quando terminei olhei para o guarda roupa para ver se eu não tinha esquecido nada, tinha uma caixa no fundo dele, puxei para ver o que era, eram coisas que minha mãe deixou para mim depois de falecer, nunca tive coragem de abrir e agora me deu uma certa vontade, abri a caixa e tinhas várias fotos dela comigo, álbuns de quando eu era criança, tinha cartinhas que eu escrevia para ela, comecei a chorar lembrando dos bons momentos, li as cartas e me emocionei mais ao ver que todas as cartas ela respondeu e colocou um beijo de batom no final.Tirei tudo da caixa e vi que tinha um livro antigo,peguei e fui tentar abrir só que ele tinha um espaço para chave bem na capa, só que deitada, procurei a chave mais não achei então guardei dentro da mala para depois tentar abrir.Guardei tudo e coloquei no armário de volta.Escutei meu pai me chamando lá em baixo,já estava na hora de irmos.
Meu pai me perguntou porque eu estava com os olhos cheios de lágrimas, falei que era porque eu tinha me machucado ao descer a escada, ele acreditou, até porque eu sou muito distraída!
Já estávamos no carro indo para a casa da minha avó, não era muito longe, uma hora e quarenta e cinco minutos da minha 'Londrina' até Cambridge. Minha avó mora perto de um parque nacional, por isso chamo a casa dela de fazenda mais na verdade só é um terreno grande com alguns cavalos.
Dentro do carro só sinto a brisa bater em meu rosto e o som das árvores se movendo, ficamos uma grande parte da viajem em silêncio, de um certo ponto, foi ate bom pra mim, pude pensar em várias coisas,mas isso não estava me fazendo muito bem então resolvi pegar meu iPhone na minha bolsa, para escutar alguma música, foi quando percebi que a minha bolsa emitia uma luz que eu não sabia o que era procurei e vi que era o livro mais quando eu o tirei de dentro da bolsa a luz parou.
- Estranho...!
- O que você falou filha?
- É... Chegando, eu disse que já estamos chegando...! Não se pode dizer nada que meu pai já acha que estamos falando com ele, que cômico...
Fiquei olhando a paisagem, um verde inspirador. À medida que estávamos chegando apareciam algumas casas, mas só uma me deixou curiosa, era a maior daquela rua e a mais antiga, pelo estado em que se encontra ninguém mora lá, até porque está escondida dentre as árvores e plantas, mas não fui isso que alertou a minha curiosidade, foi o fato de que estava saindo um pouco de fumaça da chaminé, até pensei que eu estava vendo embaçado, mas eu não estava. Tentei não me importar com uma coisa tão desnecessária. Só eu para ter curiosidade com uma casa velha!
- Chegamos! Meu pai disse ao parar o carro em frente a casa da minha avó.Não tinha notado que já havíamos passado o portão de entrada.Sai do carro e fui rápido para dentro da casa, assim que entrei senti cheiro de comida e fui para a cozinha
- Fiz seu prato favorito! Minha avó disse ao colocar na mesa.
- Huum é... Obrigada avó!
- Porque você ainda está parada na porta me olhando? Senta pra comer! Ela disse ao puxar uma cadeira pra eu sentar.
- É... Como você sabia que eu viria? Disse ao ir me sentar, ela sorriu.
- Eu conheço muito bem minha família e sei cada passo que elas dão!
- Humm, avó?
- Eu sei, tem sobremesa na geladeira!
- Mas eu nem cheguei a falar...
- Você disse que já tinha almoçado e eu respondi que tem sobremesa na geladeira!
- Não avó, eu não cheguei nem a falar, e mesmo assim, como você sab... Esquece!
- Oi Sarah, boa tarde! Meu pai disse ao entrar na cozinha.
- Boa tarde senhora Bradbury. Lauren disse ao entrar depois do meu pai.
- Não me chame de senhora Bradbury, só de Sarah! Minha avó não gostava de ser chamada formalmente. Lauren sorriu,
- Tudo bem pode deixar Sarah! As duas sorriram
- A senhorita poderia ter falado com a sua avó e voltado para pegar as suas coisas! Meu pai disse pra mim, eu ri pra ele.
- Não é pra rir não mocinha!
- Aaaah pai, sabe que eu amo você!
- Huum, sei...! Todos riram
-... Então eu vou para o meu quarto desarrumar a minha mala. Dei um beijo na minha avó e fui para o meu quarto no segundo andar, ele já foi o quarto da minha mãe quando ela era pequena e sempre quando eu entro nele eu travo na porta porque ainda sinto o cheiro dela, não sei se o cheiro ainda ta no quarto ou se ele está na minha cabeça.
Entrei e fui de encontro a uma cômoda, deve ser esse o nome, comecei a colocar as minhas roupas dentro da gaveta, assim que terminei me joguei na cama, fitei o teto por um longo tempo ate que decidi fechar os olhos pensei, está tudo bem agora e peguei no sono.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Enigma.

1° Capítulo

É verão nessa cidade barulhenta, não sei como consegui aturá-la todos esses anos, por mais que eu goste de festejar com meus amigos, não significa que eu goste de todo esse "fuzuê" que as pessoas fazem, além do mais, são 4 da manhã e loucos passam pela minha janela gritando e buzinando na rua.
Estava pensando em voltar a dormir, mais pelo jeito não vou conseguir, não pelo fato de ter loucos na vizinhança, mais é que desde quando meu pai me disse que iria viajar com a esposa e eu iria passar o mês de janeiro inteiro na casa da minha avó em uma fazenda, que eu não consigo dormir, não é porque é fazenda ou porque eu vou estar com minha avó, muito pelo contrário eu adoro a minha avó e até gostava de ir pra lá quando era criança, é só porque... Na verdade eu não sei porque eu não estou conseguindo dormir, seria pelo fato que eu iria ficar com saudades dos meus amigos?, não, acho que não, e muito menos dessa vizinhança. Acho que até seria bom eu ir pra lá, para dar um tempo de grandes movimentações, locais cheios de mais e pessoas com comportamentos esquisitos, isso é o que mais tem em cidade grande, é cada moda que inventam..., algumas pessoas querem ser diferentes e acabam sendo igual a maioria, ou seja, eles querem fazer a diferença e acabam tornando-se mais um na multidão.
Graças a Deus meu sono está voltando, nunca imaginei que pensar "demorasse" tanto, vai dar 5 horas e esse mar de palavras continua invadindo a minha cabeça, quase que a esmagando, uma parte dela esta tentando se comunicar comigo através dos meus próprios pensamentos? talvez, mas a outra parte está me chamando para um sono tranquilo e com sonhos alegres, tenho quase certeza que essa, está ganhando, é melhor eu me render e fechar os olhos antes que ela fique brava e me deixe ter pesadelos e eu não quero que isso aconteça, não depois de já ter perdido a metade do sono e perder a outra metade não seria uma coisa muito boa.
Em fim,
-Boa noite mar de palavras, espero que seja a primeira e última vez que vem me visitar.

Ps: um pouco pequeno?!!! rs